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domingo, 2 de março de 2008

Portas E Pneus... O Que Escolher?

A porta era de madeira, daquelas bem antigas com um batentente pesado em forma de argola com a cabeça de leão; de boca aberta na sua direcção. Isso era impressionante, para ela. Uma casa antiga e só no meio do nada. Um palacete antigo, fascinante, mas igualmente amendrotante. Tinha tido um furo, e não tinha como chamar ajuda; e o telemóvel... ficara sem bateria. Era agora que iria comprar um carregador para o carro, a sua próxima e urgente aquisição.

Estava frio e parecia entranhar-se nos seus ossos; mas mais fundo ainda. Parecia invadi-la. Estava a levar muito a sério o aspecto da casa solitária. Ninguém respondia e nesse instante olhando para aquela porta que tanto a atraia, pensou na sua vida que; era como se uma porta daquelas estivesse a barrar o seu caminho... Na coragem que era abrir portas e mais portas e que algumas delas seriam como aquela, difíceis de transpor... Por istantes esqueceu o frio, o furo, o que a trazia por aqueles lados.

Ninguém respondeu, e tudo parecia sossegado e sem movimentos alguns. Voltou para o carro. Arregaçou as mangas, abriu o porta bagagens, agarrou no engenho chamado de macaco. Objecto estranho, pensou. Deu consigo a sorrir por esses pensamentos. Concentrou-se na sua tarefa; fez um esforço alternado entre os braços e os pés. Bolas parceia calcionada o raio da roda. Passado uns bons quize minutos, com ólio das rodas nas mãos, uns arranhões à mistura também; o carro estava pronto. Felismente que não era totalmente de noite e deu para ver alguma coisa... Por trás do seu sorriso triunfante pensou que afinal não era tão difícil assim mudar um pneu. Olhou na direcção da casa e havia agora luz no interior. Estranho, se não ouvira nenhum carro chegar... Bem, deviam de estar na cave, ou assim... Um arrepio percorreu o seu corpo, bem... Já chegava de mistério por aquele dia. As portas não são intransponíveis quando o queremos e o mudar um pneu... também não.