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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

It Finally Feels Like Spring


A vida deveria ser sempre uma constante Primavera. Ser brindada como um bom espumante italiano. Sabermos seguir os passos ao longo dos quais as caminhadas seriam certeiras, eficazes e felizes. Uma rosa tem espinhos, já as tulipas, não.

Inebriados nesse doce querer, procurando motivações e encontrando soluções, talvez as sensações desejadas finalmente cheguem. Com percalços,  angustias, tristezas, derrotas, infelicidades, mas com a certeza que os braços não se cruzaram, porque fomos mais valentes, mais apaixonados, mais dedicados e arriscámos... a ser felizes.

Então, alcançados saberes, conquistadas as montanhas, ultrapassadas as perdas, poderemos dizer, apaixonados pela vida...

"It Finally Feels Like Spring"

P.S.: Mãos à obra, com a esperança de que a motivação, mesmo que fraqueje  não se extinga. Haverá sempre novas montanhas, novas pedras, pelo meio e isso será até ao fim da nossa vida. Faz parte de viver e de acumular as ditas vivências da vida. Talvez o melhor seja tentarmos viver o mais sereno possível, buscando as soluções e encontrar as respostas para as ditas.


Foto: It Finnaly Feels Like Spring - Bruno Paixão - Olhares.

domingo, 17 de outubro de 2010

Como Seriam As Redes Sociais Nos Anos 50?



  

A versão retro das famosas redes sociais. Se já existissem nessa altura deveriam de ser assim. Na verdade acho os cartazes muito apelativos. Dos quatro só não conheço o desempenho do Skype. Não vou muito ao Twitter, utilizo imensas vezes o Youtube, e depois de pensar que não o fazia, acabei por me inscrever no Facebook, hoje. Ainda pouco sei sobre este último e acho-o diferente do Hi5, do Orkut, octopop (antiga Gazzag e desaparecida entretanto também).

Não sou muito de redes sociais, sou mais de blogues, mas pronto...

A fonte das fotos é de um site brasileiro que se dedica a esse tipo de publicidade, deixo o link do mesmo e o de onde se encontram as fotos: Mona e Mona - Fotos Recentes.

Pintassilgos - Belas Plumagens E Belas Cantorias





Não são cantores de opera, nem tão pouco de rock ou pop, mas são canoros e de dentro a sua espécie animal, são dos mais belos nas suas cores e de cantorias que encantam, ouvidos mais sofisticados e exigentes.


Este pequeno pássaro, vulgo pintassilgo, é português e também o apelidam de europeu. Já que pertencemos à comunidade europeia, os animais aqui cativos e nascidos possuem o mesmo tratamento. São talvez mais livres para conhecerem novos rumos, outras paragens, sem se preocuparem com bagagens, nem acessórios. São livres e voam, deixando-nos invejosos do poder das suas pequenas asas.

Quero abrir os braços, sentir que o espaço é grande. 
Albergar o mundo num abraço apertado e protector.
Respirar fundo sem pressas, sentir o ar a entrar e aromas a flores silvestres à acompanhar.
Quero sorrir e sentir o Sol no rosto e a brisa num sopro.
Fecho os olhos, os pés largam a terra e montanhas, vales verdejantes, vislumbro num só voou, onde agora eu sou livre como um pássaro.


Voar - Sandra Dourado


Fotos: 1234

sábado, 16 de outubro de 2010

Espelhos: "Para Te Ver Melhor"


Um espelho serve para reflectir algo. Nos primórdios da nossa civilização, a água seria talvez o mais aproximado que existiria, com a "vista" da imagem.

Provavelmente terá sido também o espanto do que viam, não identificando de imediato de que a imagem seria sua. Imaginemos o quanto os habitantes da água sentiriam aos verem essas miragens na superfície. Poderiam observar sem serem vistos, somente e claro, se fossem águas límpidas.

Evoluímos e os espelhos foram então adoptados. Até hoje a imaginação tem os privilegiado, não sendo apenas um pedaço de vidro com revestimento, para passarem dos mais simples, aos mais adornados e imaginativos...

Nessa linha de imaginação, ou ainda com instintos oriundos dos nossos primatas, surgiu a vontade de ficar no lugar do peixe a observar os incautos na superfície. Sabemos que hoje é uma das estratégias utilizadas por predadores marinhos para apanharem as suas presas desprevenidas. Mas não somente eles...

Hoje podemos observar sem sermos notados, tudo pela criação dos espelhos chamados duplos. Com essa dupla função, quem se esconde por trás pode ver o que se passa do outro lado. Com dupla face, esses acessórios passaram de objectos de vaidade a objectos de espionagem. Nos filmes vemos cenas de suspeitos a serem interrogados, existindo um espelho entre eles e os policias, que estudam os seus movimentos, as suas acções, os avaliam, sem que o saibam. Nestes casos acho que se compreende e se justifica. Não é talvez o caso de excesso de dita "protecção" em lugares públicos, como vestiários e casas de banho. Onde está a privacidade? Pelo menos deveriam de se dignar a informar os clientes de tal manobra que passa de intenções de segurança a perversa. Afinal não é o que fazem com as câmaras de filmar e o famoso "slogan", "Sorria que está a ser filmado".

Para que conste, para protecção de possíveis vitimas de olhares mal intencionados, convém alertar para esta situação.

Como saber que um espelho é falso?

Esses espelhos possuem o dobro da grossura normal e na maioria das vezes costumam estar embutidos na parede. Sabemos que é o método mais vulgarmente utilizado nas casas de banho de centro comerciais e nas pequenas dependências de muda de roupa das lojas de vestuário. Quartos de hotel, pousadas e ginásios também não estão imunes. Para saber se é um espelho normal ou não, pode-se fazer o seguinte truque: "Toque na superfície reflectida com a ponta da unha. Se existir um ESPAÇO entre a sua unha e a imagem reflectida, o espelho é GENUÍNO. O espaço é equivalente à espessura do vidro do espelho, pois a parte que reflecte é a parte do FUNDO do vidro e não a parte da frente. Entretanto se a sua unha TOCA DIRECTAMENTE na imagem, NÂO havendo um espaço então CUIDADO COM ELE, POIS É UM ESPELHO DE DUAS DIRECÇÕES. A parte que reflecte é a parte da frente, não a do fundo do vidro. Então lembre-se que cada vez que veja um espelho, faça o "teste da unha". Tem que haver um espaço, caso não haja, aproveite e chame a policia, pois trata-se de um crime previsto na lei".


Os tempos em que espreitar através do buraco da fechadura a privacidade alheia é coisa de filmes antigos e ultrapassados. Hoje o "paparazzi" bem que pode ficar sentado confortavelmente, a filmar, fotografar ou simplesmente a olhar. As mulheres são sempre as mais lesadas porque parece que os ditos não são colocados nos lavabos do sexo oposto.

Cuidado com o Big Brother em forma de espelho disfarçado. Protejam-se e divulguem. Os espelhos são para nos vermos melhor e não para nos verem melhor.

Mais informações úieis: Acessa, Alissonsc e Ciência.
Fotos: Retiradas da Internet. Devidos direitos de autor a quem de direito.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cidade Da Chuva - Diário Continuado


O meu céu é igual ao de todo o lado?

O céu é o mesmo, muda a frequência das nuvens, dos ventos, das precipitações, a posição geográfica. O que eu vejo no meu pedaço azul, entre a rosa dos ventos, das longitude, coordenadas é que pode variar? Onde é que está o raio do GPS? Talvez, seja melhor a bússola? Essa nunca falha!

Adoro o céu, a sua beleza e magnitude. Especialmente em dias límpidos ou com poucas nuvens. Pintado da minha cor favorita, perco-me por momentos de olhos bem abertos a fita-lo. Curiosamente isso acalma-me, dispersa-me, fico um pouco mais feliz.


Por estes dias a Cidade da Chuva, tem sido de Sol, as aves riscam o céu bem perto de mim. Uma passa bem sonora e penso ser uma gaivota. Isso não é sinónimo de tempestade no mar? As vespas também gostam de fazer a graça da sua presença, mas eu não lhes acho muita graça. Cheira a mofo, a pó, chuva misturada com terra, fermentada e apodrecida, nas madeiras. Até gosto do cheiro da terra depois de um dia de aguaceiros, mas este aroma é demasiado intenso.


O dia vai-se findando, algum vento ganha contornos e o frio começa a despontar em mais um fim de tarde. Tempo de parar os músculos, largar tudo e caminhar para o lar doce lar e nunca ele foi tão doce...


Foto: O meu céu - Sandra Dourado

Foguete Português Entra No Livro Do Guinness


Ontem, na margem sul do Douro foi lançado um foguete. O invento contou com" mais de cinco mil pessoas" a olhar o céu, (segundo o Expresso), "... onde se juntaram sete mi pessoas", (segundo o Jornal de Notícias). O motivo, não foram festas locais, ou comemorativas. De certa forma, até se enquadra no último se pensarmos que o objectivo era entrar para o Livro do Guiness.

O foguete era constituído por uma cana com 7 metros e 13 quilos. Não se iria tratar de um espectáculo de fogo de artifício, como muitos que foram ver esperavam acontecer. O propósito não era esse, nem foi para isso que o foguete fora construído.
Tratava-se de um feito que queria ser atingido, como tantos que figuram no Livro do Guinness. Até aqui tudo bem e Portugal conseguio o feito. Ainda melhor.

Todos nós sabemos que vivemos tempos complicados, mesmo conturbados e que as gentes estão infelizes, descontentes, com os rumos que se estão a formar para o futuro, muito pouco brilhante que se aproxima. Sabemos da importância que é criar verdadeiras alternativas, saídas de emergência para o país seguir em frente, sem que nós fossemos tão lesados. Fossemos tão castigados por tantas obrigações fiscais, por tantos pagamentos exorbitantes das facturas da água, da luz e tantas outras crueldades, mesmo. Somos poucos e pagamos tanto. Sem dúvida, que os portugueses têm razão. O problema está formado e sair dele será complicado, mas se vivermos sempre num constante mar de reclamações não iremos a lado nenhum. A tensão aumenta, o coração bate mais descompassado (e não é por amor ou paixão), o sangue fica mais espesso, as veias dilatadas e depois as dores de cabeça, má disposição física e mental, segundo-se raiva e palavreados mais quentes brotam. Isto só nos envenena a nós e a mais ninguém. Falemos, ditemos as nossas opiniões, até com algumas palavras menos correctas, mas calma é precisa. O ordenado é pouco, as despesas multiplicam-se e o primeiro não chega para nada. O mundo está a abarrotar de injustiças, de quem está pior do que nós e se calhar ainda tem um sorriso nos lábios, ainda conforta quem está bem melhor.

Aproveitemos para apreciar o que nos distrai e faça sorrir. Aquelas pequenas grandes coisas que nos enchem os pulmões, a visão, o paladar, o tacto, o sorriso, a gargalhada, o gosto por viver. As boas memórias e o desenho daquelas que sonhamos também. O segredo é nunca deixar de viver e sonhar. O mundo não é perfeito e nós também não.

Se o acontecimento é o lançamento do maior foguete do mundo, e foi em Portugal que sucedeu e entrámos para o Guinness, tanto melhor. De que adianta tantos comentários depreciativos como os do JN online? Um rol tão grande a depreciar o pobre do foguete? Se fosse um espectáculo relacionado com o futebol se calhar não se depreciava, nem falava tanto...

O foguete da foto, não é de forma alguma o nosso, nem tão pouco um de artifício, mas lá que o espectáculo é bonito e grandioso, lá isso é. Dá para encher o olho de quem esperava mais do que era a realidade do nosso distinto e recordista foguete.

Fiquem bem!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

YouTube E A Leitura De "D. Quixote De La Mancha"


"Proposta do YouTube é que as pessoas façam um vídeo em que leiam um excerto de "D. Quixote de la mancha", de Miguel Cervantes , e o enviem para ser publicado no canal "El Quixote", criado no popular site"
Fonte:" YouTube promove leitura de "D.Quixote de la mancha

A notícia já vem do dia 4 de Outubro no Expresso mas só hoje é que a deixo por aqui...


A Real Companhia Espanhola e o YouTube, pretendem assim fazer chegar a obra de Miguel de Cervantes a um número mais alargado de pessoas, especialmente aos espanhóis espalhados pelo mundo.

". Quando entramos, basta clicar no botão 'participar' e, depois de ser disponibilizado um excerto da obra, gravar a sua leitura numa gravação e carregar o vídeo no Youtube, num processo que deverá demorar apenas seis horas, tempo definido pela organização para todos os participantes."

 Acho que em Portugal poderíamos seguir o exemplo com Camões e "Os Lusíadas". Levar a palavra lusa mais ainda além fronteiras, por mares e continentes já não desconhecidos, mas talvez esquecidos dos nossos feitos e obras. Era uma ideia...

Foto



Zero de Paulo Amaral André - Depois De Ler...




O que eu vou dizer?

Confesso que de início não fui muito com a "cara" do personagem. Parecia um tipo do género do Philip Marlowe. Beberão, mulherengo, algo filosófico, ambientes estranhos, fumador inveterado e alguma pancadaria pelo meio. Passou também por um "menino" de 29 anos, sem eira nem beira. Mimado, irresponsável, despreocupado com o mundo alheio, gastador (porque até tem dinheiro). Vivia como se não houvesse o amanhã e não lhe viessem a ser cobrado os excessos, quer de bebida, como de tabagismo ou mulheres. Alguém para quem o mundo não lhe pesava sobre os ombros e a vida demasiado facilitada.


Passamos então à fase em que o moçoilo descobre que algo lhe está a acontecer e que aqueles óculos escuros assentam-lhe como uma "luva", uma segunda pele. Algo Kafkaniano germina e vem ao de cima uma metamorfose, embora não de lagarta para borboleta, mas o inverso. Parece que o verdadeiro "eu" estava a renascer, embora no fundo, até nem fosse mau tipo, nem fizera realmente mesmo mal a ninguém. Isso deu-lhe a volta ao miolo e começou a pensar mais seriamente sobre as coisas que realmente importavam na vida. Queria uma segunda oportunidade, "acordar" do seu pesadelo. Viver com um novo sopro, renascer de verdade para a vida lá fora, com o ar, o Sol, o céu, as estrelas...


Fez-me lembrar que poderia muito bem, toda esta história, ser inspiração para um episódio dos "Ficheiros Secretos". Ele poderia ter chamado o Mulder e a Scully, que teriam tido muito gosto em ir expiar a origem do que lhe havia corrido por baixo da pele. Se calhar o Paulo Amaral André também ficou um dos fans da série de culto. Eu sou.
Interessante a reviravolta e desfecho. Já gostei muito mais do menino e um escritor é um escritor e passa para o papel, ideias, observações, ilusões, situações reais ou irreais, que concorda ou discorda. Tudo é válido e permitido quando a imaginação corre afoita.

Fico com as palavras do final da história , para começar do "zero" e do slogan dos "Ficheiros Secretos", “um destes dias ainda vou ser feliz. Ou se é feliz ou não se é nada”. "I Want To Believe" 

Fotos: ZeroFicheiros Secretos

domingo, 10 de outubro de 2010

Zero - Paulo Amaral André - 2º Livro Da "Sinapses" A Ler Neste Momento

"Longe de ser um menino da mamã, Andrés Filip é um privilegiado para quem nada tem ainda de fazer sentido. Mas uma noite agarra-o pelos colarinhos e altera-lhe a linha de rota. As semanas seguintes serão de dúvida, interrogações e angústias. Na distância de tudo e rodeado de coisas apenas suas, coisas que ecoam num cérebro a cair aos bocados, só um pensamento o pode salvar da perdição – “um destes dias ainda vou ser feliz. Ou se é feliz ou não se é nada”.

Depois de ter o privilégio de ler mais um livro de um autor português, direi posteriormente algumas palavras. 
Que a motivação venha embalada e que tanto dos autores da "Sinapses", como de outros, surjam muitos mais projectos e histórias com imaginação. Sejam bem sucedidas no nosso país de Camões e de poetas e porque não... além fronteiras.
Sinapses - Retirado o livro electrónico e a foto.

Mario Vargas Llosa - Prémio Nobel Da Literatura 2010


Palavras do escritor depois de ter recebido o Prémio Nobel da Literatura 2010, "I am very grateful to the Swedish Academy. It is totally unexpected, a real surprise," Vargas Llosa told reporters in New York. "I think it is, for any writer, a great encouragement, a recognition of a world."
7 de Out de 2010 The Canadian Press (226 ocorrências)

Segundo a academia sueca,  através de comunicado, o escritor peruano ganhou o Nobel por, "a sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos". O facto é que o escritor recebeu como prémio um cheque de um milhão de euros.




Foto: Retirada da net. Os devidos créditos ao seu autor.

Diário Dos Infiéis de João Morgado - Livro Interactivo No Facebook

 

João Morgado é director do site, Kaminhos.Com . Ainda formador e consultor de comunicação e imagem. Estreou-se no romance com o livro "Diário dos Infiéis".

Sobre o livro: «Quatro casais, oito personagens e a pergunta que nos assalta quando percebemos o fim: ainda me amas? Não sabem o que os faria felizes, nem se lembram do dia em que sentiram o peso da solidão, em que se amaram ou se desejaram. Hoje, não se reconhecem, não têm coragem para mudar de vida, para assumir o fim e procurar noutro amor o caminho de volta para o compromisso maior: ser feliz.
Num diário de emoções íntimas, falam na primeira pessoa do que sentem em relação a si e aos outros. Concluem que, cada um à sua maneira, todos foram infiéis: por pensamentos, actos ou omissões.
Com vidas entrelaçadas, cada um descreve no diário a sua viagem pelo mundo do sexo, do desejo, do pudor, do egoísmo, do amor-próprio, do envelhecimento, do sonho, da morte… Enfim, a matéria-prima da qual é feita a existência de gente vulgar.»

O livro pode ser lido e as opiniões trocadas com o seu autor, através da interactividade com o Facebook. No site de João Morgado são muitas as citações do seu livro, «Só gostamos de uma mulher quando gostamos do seu cheiro. Quando tudo nos leva a bebe-la, como um chá quente, excitante, aromático. Se não gostarmos do seu cheiro não conseguimos ama-la, nem na pele nem na alma. Podemos ser amigos, companheiros, nunca amantes. Amar é beber um cheiro. É transporta-lo para dentro de nós»
In: Diário dos Infiéis. «Os silêncios tristes fecham janelas dentro das mulheres. Até que se perdem dentro da sua escuridão como numa câmara escura em que se revelam. Perdemos uma mulher quando ela sai de dentro de si por uma porta diferente da que entrou»

In: Diário dos Infiéis. «Os homens têm muitos olhares. Mas os homens tristes têm sempre nos olhos as neblinas de inverno que deixam as gaivotas em terra»
In: Diário dos Infiéis
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Quem estiver interessado, é entrar no Facebook e interagir com o autor. Aproveitando para ler o livro e deixar a sua opinião. Uma forma interessante de aproximar escritores e leitores. 

Oficina do Livro - Editora do livro
Pode ser Adquirido: Wook , Bertrand (o preço de capa da Wook é o mais barato: 12, 63€, contra os 13,90€ da Oficina do Livro e os 14,03€ da Bertrand). Bem me parecia que eu até gostava da WOOK.

A Chuva, As Caves Do Banco De Portugal, Real Companhia velha e Mais Alguma Coisa...


Nesta sexta feira, dia 8, a Protecção Civil informou que em Lisboa o mau tempo "aprisionou" 21 turistas na Torre de Belém. Foram retirados com o auxílio de uma espia (vulgo escada e nada de uma espia dos serviços secretos).
O Banco de Portugal (a sede em Lisboa), também não escapou, as suas caves foram inundadas. Será que no meio de tantos tesouros, não poderíamos ser brindados com umas notas, umas moedas raras, talvez até ouro (uns lingotes, por exemplo), ou até umas garrafas de vinho do porto, como as da Real Companhia Velha? É que bem que poderiam dar à costa e adoçar o gosto amargo que nós portugueses temos na boca, destas ditas medidas de austeridade.


Por falar nisso, porque os sacrifícios são para nós que trabalhamos (e já somos tão poucos), pasme-se com o receio de morrer à mingua um senhor que ganha, "apenas, 3700€ por mês" e que afirma, "não dão para tudo", ao saber vir a ser reduzido o seu "património monetário" em 10%. Pedindo a abertura da cantina da Assembleia da República à noite, onde ele e outros deputados da província poderiam lá jantar, visto que quase não têm dinheiro para comer.

Isto só pode ser brincadeira, dêem-lhes o ordenado mínimo nacional (475€) e eu quero ver como é que se governam.

 

Um exemplo a seguir na política encontra-se nos parlamentares da Suécia. Assim, os gastos da governação no nosso país seriam bem menores e as medidas de austeridade divididas igualmente por todos.

 

"Alguém se candidata a ser parlamentar na Suécia?" Isso é que era de valor. Por isso que em terras lusas estamos como estamos... 


Liz Murray - Uma História De Coragem E Persistência


Liz Murray tem 26 anos neste momento e conseguiu tirar a sua licenciatura em Harvard. Antes fora uma jovem de 17 anos, sem abrigo, que dormia na rua e no metro de Nova Iorque. Filha de pais hippies e toxicodependentes, desde tenra idade que a vida lhe fora sempre difícil.

Foi ainda aos 17 anos que decidiu  mudar de vida. Acabou o secundário em dois anos, em aulas nocturnas. Tudo graças a um professor chamado de anjo da guarda, pelo jornal "El Mundo". Ficou a conhecer Harvard numa visita de estudo e foi ai que Liz escolheu o sítio onde queria estudar. O "New York Times" dava bolsas aos melhores alunos e Liz conseguiu uma.


Hoje anda pelo mundo a contar a sua história e segundo as suas próprias palavras, "Eu era uma pessoa daquelas pessoas de quem as pessoas se afastam na rua".

Independentemente de  a jovem ser uma norte americana, conhecida pela "terra das oportunidades", ou não, porque todos sabemos que tanto lá como em todo o lado, existe muita gente desafortunada. A miséria humana é um mal que alastra, que se entranha e se há quem consiga sair dela, lutar por aquilo que quer, pelos seus sonhos, acho que é um acto de coragem e persistência que temos que louvar. Que sirva de exemplo para todos nós.

Entretanto Liz acabou por escrever um livro, "Breaking Night", que pode ser adquirido em papel ou ebook na Amazon ou na Barnes & Nobel.  


O primeiro capitulo pode ser apreciado na Amazon.



Um vídeo onde Liz fala de si, "Liz Murray Homeless to Harvard"


A história da sua vida em filme, a primeira parte no Youtube, "Homeless to Harvard"



Fonte da notícia: Expresso - "De sem-abrigo a licenciada em Harvard" 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Culpa É Da Laranja

 

E pensar que eu gosto tanto de laranjas!

Segundo parece o nosso país encontra-se quase todo em alerta laranja. Prevê-se chuvas e ventos fortes para o fim de semana.

Lá fora a chuva já cai à várias horas. A estrada está lavada, junto com os carros. O som na janela faz-me sentir bem por estar abrigada. Gosto de chuva quando não tenho que passar por ela.

Esperemos que as chuvas e ventos passem mais ao lado, sem lesar nada nem ninguém. Que a calmia prevaleça e que a laranja seja só um fruto ou um sumo nas nossas refeições.

Assim, a pobre da laranja, passará de culpada a inocente.

Foto: Retirada da net. Direitos de autor a quem de direito.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Melodias Do Passado - Berta Henriques Brás

 

Um passeio de 77 páginas por um Portugal não muito distante. Um olhar saudoso por uma época, onde havia mais vagares. Um tempo desconhecido para muitos de nós e relembrando ainda por outros tantos. Época anterior ao 25 de Abril. As colónias portuguesas, os portugueses ai cativos, as saudades que ficam desses lugares. A autora leva-nos por simplicidades, alegrias, alguma tristeza (como a morte do seu pai).

Para mim foi o conhecer um pouco mais de um tempo anterior ao meu nascimento. Uma leitura que prende, onde descansamos somente depois de ler toda a narração.

Foto Retirada do site da editora do livro: Sinapses.

Cidade Da Chuva


Céu carregado de cinzento, nuvens que se unem e alongam. Umas gotas muito mais das que molham tolos, começam a verter sobre a cabeça e o corpo. O Sol teima em se recolher do olhar, cansado talvez de tanto brilhar, abriga-se e adormece, longe de nós. Volta, não te vás, vem dar um pouco de cor, brilho e alegria ao dia. Mas acho que não me ouvio e as gotas continuam a cair.

À minha volta tudo é desordem e caos. Uma desordem organizada numa lassidão total  de desarrumação. Olho, procurando forças, arregaçando as mangas (que não tenho, pois estou de t-shirt). Tanto tempo, tantos anos de descuido, de mofo, por entre aqueles materiais ali expostos a céu livre. Tanta gente preguiçosa, descuidada, despreocupada. Tanta falta de braços para empreender a obra, mas também, tanta falta de vontade, de garra das gentes. Queixumes, escapar de mais uma tarefa, fugir para que outro vergue os músculos, solitário na sua tarefa.
Algo roda fazendo barulho atrás de mim. Uma garrafa de litro e meio de água vazia, resolveu dançar para trás e para à frente. Movimentos embalados pelo vento. Até parece uma cidade fantasma, mas ai seriam fenos a passear, como num qualquer filme. Agarro a garrafa e recolho-a ao silêncio. A alguma distância, motores roncam. Os seu donos trabalham e estes carregam fardos pesados nos seus braços.
Eu, estou só comigo mesma, numa inglória tarefa e eis que o Sol surge por alguns instantes. Já não chove e o astro rei mais baixo do que o costume, queima num calor em que julgo estar em algum deserto. Finalmente, nem chove, nem o calor aperta de forma louca. 
Apenas o tempo invernal está a chegar a passos largos. Apenas o que há alguns dias era Sol abrasador, ficou num ápice, em tempo invernoso. Enfim, encolho os ombros e continuo a fazer a minha árdua tarefa na "Cidade da Chuva", nome fictício mas carregado de significado.

Foto