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sábado, 24 de março de 2012

Sonhos Sabem A Quê?


Por acaso os sonhos sabem a alguma coisa? Talvez saibam a pouco e quem sabe sejam doces...

A mente trabalha sempre, quer estejamos a sonhar com os olhos abertos ou bem fechados durante o sono. Os do sono são tantas vezes estranhos e dignos de um filme de Fellini. A mente imagina tanto que não se percebe e não se compreende. Os outros, são os que perseguimos e que pretendemos reais nas nossas vidas.

O bom nuns é deitar a cabeça no travesseiro e num sono solto "ver" o que nos agrada. O inverso, não tem graça. Talvez não sonhar com nada e dormir a noite toda num sono reparador; também seja divinal. Os outros podemos levar uma vida para os concretizar e com o passar da mesma são capazes de dar prioridade a novos sonhos; que se cruzam na nossa mente e no desejar.

Haverá alguns que são comuns a todos nós e sempre imutáveis. A felicidade e a saúde. O ter um emprego e que seja algum que nos dê alegria fazer. O ter um pé de meia para ter uma vida organizada para nós e para quem amamos. Poder usufruir das coisas básicas da vida e levá-la com dignidade. Se sobrar para alguma extravagancia, como viajar, consumir alguns bons quilómetros com o carro e outros gostos que nos fazem fugir da rotina e uma vida sem cor.

Os sonhos comandam a vida ou a vida comanda os sonhos? Não é por acaso que é o slogan aqui deste blog e desta que por aqui escreve.

Então, o sonhos sabem a quê?

Àquilo que cada um de nós deseja e idealiza. São a cereja em cima do bolo, tão desejada a ser saboreada. Há, devagar e docemente para que o sabor seja sentido, vivido e prolongado. Senão não tem graça. É pois!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Diabo Dos Anjos


Aqui está um livro com uma capa fantástica! Não só a capa como o conteúdo. Nunca pensei que iria ficar agarrada ao livro, como fiquei. Aos poucos vai-nos conquistando...


A Sinopse:  Numa viagem a Itália que tem tudo para ser perfeita, um Livro transforma-se num desastre que trás anjos à Terra, um gato com estranho senso de humor, novas dores de cabeça para Henrique, mais loucura a Amanda e uma missão celestial que é apenas o início dos problemas para os dois. Henrique e Amanda nada têm em comum... excepto 17 anos das suas vidas selados com uma promessa de aventura.. Depois de oito anos de silêncio o acaso volta a juntar-lhes o caminho. Henrique olha com receio os dias fora das paredes seguras da Universidade e Amanda esvanece-se no tumultuo de um grupo de amigos problemático. É hora de viver a aventura e ambos encontram um no outro o pretexto que procuram para adiar decisões e contornar o futuro mas em troca recebem tudo o que não pediram e aprendem que o futuro é inevitável.


Foi realmente uma experiência nova e da qual gostei mesmo muito. Participar no projecto da Liliana C. Lavado, como leitor beta. Ficar na posse de um livro antes de ser publicado, ler e dar o meu parecer. O que mais me fascinou, o que achei mais credível ou não. Em pouco mais que dois dias li o livro todo e se demorei mais tempo foi devido "às armadilhas" ortográficas que me fizeram ficar ainda mais atenta à leitura e ao texto. Gostei do estilo de escrita da Liliana e da história muito imaginativa que ela criou. Aos poucos o livro vai se desenrolando e chega a um ponto em que somos constantemente bombardeados por novos dados, novas situações. Algumas mesmo inesperadas. Adorei a Haari e a Amanda. As minhas personagens favoritas.


Boa sorte para o livro Liliana. Esse eu vou querer ter na minha prateleira. Há, e venham muitos mais livros, cá estarei para opinar sobre os mesmos. :))

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Sensibilidade Do Odor



Numa destas minhas idas à biblioteca procurei por livros que me chamassem à atenção, que me dissessem algo. Não tinha nenhum livro ou autor em mente. Queria um título, uma sinopse; algo que me despertasse o interesse. Se fosse um livro ou autor que nunca tinha ouvido falar, melhor. Queria descobrir outros mundos desconhecidos na leitura. Acabei por "tropeçar" neste livro: "Aroma" de Radhika Jha. Para já os aromas dizem-me muito, ou não fossem o meu sentido mais apurado. Para mais "O Perfume" de Patrick Süskind é o meu livro favorito. Foi-me ofertado há mais de dez anos.


O livro conta a história de Leeila uma jovem com raízes indianas. Obrigada a ir viver para Paris, com a morte do pai, a perda da loja da família e a venda da casa; onde sempre vivera. Leeila encontra um mundo tão distinto do seu. Obrigada por necessidade a aprender tantas coisas novas para si; torna-se uma "prisioneira" dos aromas. Os odores dançam nas suas narinas valsas de tantas formas. Convivem com cheiros fortes ou fracos; agradáveis ou desagradáveis, acres ou doces. Com mestria natural consegue tirar o melhor da junção dos mesmos. "Os aromas falam", a recordação olfactiva é intensa e são perceptíveis antes do olhar ou o toque. Podem criar uma imagem ainda mais poderosa antes de serem adquiridos; em perfumes, nas frutas, na culinária... Há alguns que não são tão agradáveis e um em especial; primitivo, selvagem, único que assusta Leela. Um que lhe tira a razão e a enche de medo, pânico e receio...


Agora, o melhor é lerem mesmo este livro desta escritora indiana. Não estejam à espera daquelas histórias dos filmes ou romances indianos. Desses também não sou apreciadora. Este livro foi uma agradável surpresa desde o início.


Este é o primeiro livro de Radhika Jha, que nasceu na Índia e viveu e estudou nos Estados Unidos e Paris. Foi publicado em 1999 e em 2001 em Portugal pela Dom Quixote.


Divirtam-se com os aromas e convivam com eles... 


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domingo, 15 de janeiro de 2012

Picante


Picante... na comida e na vida.


Este livro li o ano passado e aqui no blog não cheguei a falar dele. Apenas algumas palavras no Facebook. São 6 histórias bem distintas e 6 mulheres que as escreveram. Em comum o picante como o ingrediente  principal nas suas histórias, surreais ou não; mas sempre com uma pitada original.


Confesso que para receitas, afrodisias ou não, o doce (chocolate); para mim será talvez mais eficaz. No entanto, na vida não haverá afrodisíaco mais poderoso do que a sugestão. O "ler" o amor nos olhos do outro. O fazer a comida com o coração. Irá sair sempre bem e conquistará a quem se destina. Por obrigação, não se vai longe em nada do que não, nos empenhemos por prazer de fazer e de o dar. Inventar, criar, sair da rotina; também ajuda.


Picante? Talvez um pouco, mas nada de abusar. Gosto muito mais de chocolate...


Gostei do livro e das histórias das 6 escritoras lusas que as "confeccionaram" muito bem. Um pequeno livro, ligeiro e irónico. Bom para nos fazer sorrir um pouco também...


P.S.: Lá voltei a falar de chocolate! Como diz uma amiga; "Tu és chocolatodependente". Talvez não tanto, mas pronto...


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sábado, 14 de janeiro de 2012

As Meninas Dos Chocolates


"Chocolat Girls" no título original, poderia ter ficado com o título "Cadbury Girls"; afinal trata-se da história de três raparigas que trabalhavam nessa fábrica de chocolates. Fundada em 1824 ainda hoje estes chocolates existem.

Em comum, Edie, Ruby e Janet; a fábrica de chocolates onde todas trabalham. Uma fábrica que estará sempre por trás das suas vidas, ligando-as e existindo com elas. Uma amizade que permanecerá e que lhes dará força nos momentos difíceis da Segunda Guerra Mundial. Pelo meio os seus amores e desamores. Os tempos depois da guerra e o tentar regressar a uma vida normal e de paz.

De início não gostei muito do livro. As personagens não me atraiam, nem a história. Aos poucos a narrativa foi-se expandido e as personagens começaram a ganhar mais autonomia, outros rumos, outras paragens e terem coragem de começarem de novo as suas vidas. 
Há algumas reviravoltas do destino e sofrimento, mas está sempre presente a amizade entre, "As meninas dos Chocolates" e a esperança da felicidade.

São 493 páginas escritas por Annie Murray. As palavras correm na narrativa sem se demorarem demasiado em pormenores. Sensíveis e observadoras de um tempo que pertence à nossa história. Onde os sobreviventes trazem marcas de sofrimento, mas também de companheirismo e coragem. 

Um tempo de guerra, sofrimento, luta, amor, esperança... e chocolate!

P.S.: Fiquei com vontade de comer um chocolate da "Cadbury". : ))

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Sorte Grande


No fim do ano passado fechei o meu ciclo de leituras, com este livro...


A narrativa deste pequeno livro ( 76 páginas), girava em torno do prémio da lotaria pela altura do Natal. Curioso, por ser a altura em que o li, mas não joguei na lotaria. O personagem principal tem o número premiado e a partir dai desenrolam-se os acontecimentos, possíveis e imaginários para si. O que um milhão e meio pode contribuir para a sua felicidade? Afinal, todos buscamos por ela. No meio disto tudo, a descoberta que a felicidade está dentro de nós. Naquilo que somos; no que desejamos e na força que temos para acreditar em nós para alcançarmos o mais desejado.  O personagem chega à conclusão de que não é preciso sair a sorte grande para encontrar a felicidade, a paz de espírito, as concretizações dos seus sonhos. Claro que ajuda, mas nada se consegue se não lutarmos pelo que queremos. Por mais que desejemos (e isso também ajuda), temos sempre que arranjar a motivação para arrepiar caminho para o conseguir.


O desfecho é imprevisível, mas sem dúvida que nos deixa a pensar. Claro que ter mais poder económico ajuda. No entanto, os problemas continuam, (mesmo que outros). Na verdade, essa felicidade, (adquirida com o dinheiro),  dura até certo ponto porque a rotina acaba inevitavelmente por se instalar. Bem... já estou a entrar na história de um outro livro que ando a ler: "Saber Viver Num Mundo Incerto" de Harold S. Kushner.


O livro é pequeno mas merece a pena ser lido. Quem disse que precisava de ter 300, 500 páginas para ser melhor? Cada livro é um Mundo único e visto pelos olhos de cada um.


Boas leituras!


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