Um vizinho perde-se em pensamentos, com um cigarro nos lábios, lançando pequenas nuvens pela varanda da sala. O olhar vago, pregado no céu; carregado de pontinhos minusculos que piscam sem gastarem as suas baterias. Não não possuem pilhas duracel. Na rua, alguém passa com o cachorro que leva a passear. Aproveita para esticar as pernas, apanhar ar e ver as vistas. Haverá algo de novo para ver? Apenas a rotina diária? No café próximo, figuras sentadas em cadeiras; ou à volta do balcão, bebericam um café quente e forte, empregnado de espuma e o seu aroma forte. Gestos repetidos, caras conhecidas, silêncio nos lábios, desalento (quem sabe); ou apenas desejo de ver algo mais. Qualquer coisa de novo, de diferente. Terá assim tanta importância? Somos animais de habitos e rotinas. Há dias em que tudo cansa e que apetece simplesmente fuguir; voar para longe.
Amanhã, é um novo dia. Os dias não são iguais, nem se repetem. São únicos. Somos nós que os fazemos; apesar de rotinas, de obrigações e afins. Amanhã pode também acontecer algo de diferente e de bom. Quem sabe?
A mente é que manda, e ela pode ser muito fértil, aventurosa, sonhadora. Abracemos essa ideia. Lutemos para que cada dia seja um pouco melhor.
A noite cai, um dia finda, há um ganhar de folego, de energias; para o seguinte. Deixemos que seja bem vindo e nos brinde com mais um dia da nossa vida.
O cigarro acabou, a janela que se fechou. O chegar a casa com o cachorro. A vinda do café e adormecer por fim.
Até amanhã.
Esta casa
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Há uma casa. Essa casa já não é minha. Mas há uma casa. E será sempre a
casa na qual a minha avó nunca entrou.
Quando a comprei, lembro-me de escol...
Há 6 minutos
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