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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cantiga De Um Cisne




Hoje como ontem toco a mesma melodia na altura do inverno. Parto para lugares mais convidativos; onde o Sol aquece.

Lá longe, onde os meus olhos não chegam, há todo um mundo palpitante de vida e já não desconhecido. No coração um aperto que me tira o fôlego. Quero ficar, não quero partir novamente; mas o tempo urge e com ele o frio e a neve que seriam desastrosos se teimasse em permanecer. As amarras eram partidas novamente, rumo aos altos céus, por entre nuvens e estrelas. Do outro lado iria encontrar talvez mudanças, quem sabe? Mais um ano sempre igual, sempre repartido entre dois pontos; um de partida e outro de chegada. No entanto este seria diferente; já nada me interessava. Sentia-me só com uma cratera de vazio e dor no peito. Estava só, perdido, sem o aconchego do amor. A morte veio sem esperar numa noite de luar. O meu pescoço enrroscado no do meu amor; aconchegados no nosso leito; encontrou um frio gélido de manhã do corpo amado. Um ataque cardiaco levara-me toda a alegria e vontade de existir. Parto sem vontade própria, sem o futuro me dizer algo. Parto só com uma asa; porque falta-me o meu apoio, o meu alento. Voltarei, talvez com a paz necessária; ou talvez não. Por ora... quero apenas voar! 

Origem da foto: The Shaw Song - Autor: Regiane Cristina - Fonte: Olhares

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