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sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Baú dos Sonhos


Sonhar sempre!

Ontem fora uma criança, os anos a passadas largas a tornavam agora uma mulher. Vivera de forma simples numa profusão de dias sem que, o que estava lá longe e fora do seu circulo de vida a afecta-se. Foram dias simples, marcados por risos e correrias por campos verdejantes e terras batidas. Fora protegida e mantida no seu estado inocente durante o tempo que normalmente assim deveria de ser. 
Sabia que nos dias de hoje a inocência é como a rapidez de um raio; tudo tem que crescer e desenvolver depressa. Há pressa de chegar, para fazer depressa algo e logo a seguir fazer o mesmo e o outro e o outro... As horas, os dias, os anos passam com a tamanha pressa de tudo fazer... mas pouco alcançar.


Parece que quem anda mais depressa, mexe mais os braços ao compasso do corpo é visto como um elemento com mais vitalidade. Andar numa roda viva torna-o mais "apetecível" ao patrão e ao chefe. Talvez se venha a cansar mais depressa, afinal. Não poderá viver sempre nesse estado de "euforia". Afinal é como a  paixão; não a poderemos sentir assim tão viva e intensa como nos primeiros seis meses; porque simplesmente o nosso organismo não conseguiria sobreviver a tal violência. Poderemos a tentar manter e transformar em amor; porque é este que terá que ser cultivado e sentido o resto do tempo que nos é ofertado.


Sentia que em adulta pouco tinha vivido da vida. A rotina muitas vezes é uma erva daninha que nos cria hábitos que não são saudáveis a seres inteligentes. Faz falta inovar, criar e viver algo de novo. Sabia que tinha que continuar a perseguir os sonhos; tira-los do baú e torna-los reais.


Pobre do ser humano que perdeu a capacidade de sonhar! Afinal, já está morto... sem o saber!


Sentia-se viva e teimava em acreditar no tempo que viria pela frente. Isso era o que importava.
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Foto: O Baú dos Sonhos de José de Almeida & Maria Flores. Fonte: Olhares

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