Doce ondular que torna a mente dormente. Doce cadenciar que se prende no olhar. Doce cor que anestesia o sentir. Doce e desejada calmia que dos céus fascina e doce aragem que sabores a sal terá, mas que envolve o olfacto.
Olhos fechados, peito cheio de cheiro e de tanto que se cruza na mente. Caminhos ora familiares, outros nem tanto e desconhecidos; agitam por dentro o que por fora tudo contradiz.
O rio segue a sua sina por demais conhecida. Olha as gentes que lhe sorriem, que lhe acenam ou apenas vagueiam em olhares singulares dos seus quereres; das suas vontades; ora os atormentam ou talvez não. Ali, no meio do nada, a petiz embarcação, solitária por natureza mas palco de tantos sentires; resguarda os sonhos, as inquietudes de quem por ela passa e desliza pelo rio acima. Outros há que nunca chegam à outra margem; cuja viagem é mais intimista, mais solitária; perdidos apenas num tempo só seu, pedindo à mente um caminho, uma luz... apenas.
Sonhar talvez...
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