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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Síndroma De Feijão Frade


Vou começar estas linhas por afirmar que por acaso (e só por acaso), gosto de feijão frade. Não escrevo neste momento para dissertar sobre tão saboroso produto vegetal, mas pasme-se que até existe um site com o seu nome e olhem que muito interessante, "Feijão Frade" - É uma loja de comércio de produtos alimentares, nomeadamente produtos oriundos de agricultura biológica, produtos naturais e muitas outras pequenas maravilhas." Interessante, não?

Há muitos síndromas e este é mesmo muito vulgar. Falo em duas faces não só por darem o dito pelo não dito, mas igualmente para alguns que se transformam em "Dr. Jackell e Mr. Hyde" e que dão nas vistas como tal.
Atrás de um volante o condutor pode passar por uma experiência semelhante. Sabemos da impaciência que assola quem se agarra a um volante (uns mais do que outros e dependendo do estado de espírito, claro), e de nervos em franja dá vazão das suas frustrações e arrelias. Se o carro da frente não anda, meteu-se à frente, não respeitou determinada regra, entre outras pérolas que dão azia, grita-se, dizem-se nomes bem foleiros que fazem corar e a buzina funciona logo. Ai, se não existisse a buzina,  a infelicidade era tão grande...
O pior é quando as pessoas levam isto do feijão ou do Dr. do famoso filme mesmo a sério. Adentram na vida das pessoas, gritando cara a cara, depreciando-as e agredindo-as. Normalmente de forma verbal, mas agressiva, irada, injusta, depreciava. Só alguém frustrado, sem amor próprio, infeliz e incapaz de suportar a felicidade dos outros age assim, e lá vamos nós a caminho de um personagem de Shakespeare, o famoso Ebenezer Scrooge. Rico, poderoso, infeliz, rezingão, mal educado, maldoso, incapaz de fazer a felicidade de alguém ou de mover os músculos faciais para tentar esboçar um sorriso. Provavelmente resultaria numa careta qualquer medonha e as pessoas fugiriam de medo, na verdade, bastaria apenas a sua presença para que toda a gente se afastasse dele o mais possivel.
Temos tantos por ai que cheios de dinheiro e bens dizem estar sempre mal. Esqueceram-se do que é ser humilde. Esquecem-se da própria família, afastando-se dela, de amar e ser amados. A loucura do poder, do cheiro do dinheiro alucina-os e completa-os como o sangue que lhes corre nas veias... só isso importa.


O Scrooge, o Dr. Jakell e Mr. Hyde e o feijão frade só ficam bem na literatura, no teatro, no cinema... ou no prato, (o último), claro está.


Foto: Duas Faces

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